Já foram registrados 41
casos de acidentes com abelhas em 2013
O número de acidentes com
abelhas cresce com a chegada do verão. No Paraná, já são 41 casos registrados
desde o início do ano. A única morte de 2013 foi a de um homem de 56 anos em
Londrina, que levou pelo menos 3 mil picadas do inseto na tarde de quarta-feira
(16).
No ano passado, o Estado
contabilizou 432 casos somente nos três meses de verão (janeiro, fevereiro e
março), o que representa 37% do total de ocorrências confirmadas durante todo o
ano – 1.144. Além das condições
climáticas, outro motivo está relacionado ao comportamento do animal, que ataca
qualquer coisa que ofereça perigo à colméia.
Segundo a bióloga
especialista em abelhas, Solange Malkoski, o principal problema são as abelhas
africanizadas que estão se alojando nos centros urbanos em busca de locais
seguros para suas colônias. "O ataque é um mecanismo de defesa do inseto,
pois ajuda a proteger o restante da colméia, afugentando possíveis predadores
do raio de localização da colônia", disse.
Dentro das casas e quintais, os locais mais
comuns para a instalação de colméias são os beirais de edificações, postes de
iluminação pública, ocos de troncos de árvores, fendas em muros e paredes. Os
acidentes também podem ocorrer durante o processo de migração da colônia,
quando as abelhas se aglomeram em enxames para procurar outro local para
estabelecer a colméia.
Quando o acidente ocorre com poucas picadas, o
quadro clínico pode variar de uma inflamação local até uma forte reação
alérgica (choque anafilático). Já no de caso de múltiplas picadas pode ocorrer
uma manifestação tóxica mais grave e, às vezes, ser até mesmo fatal.
No ano passado, quatro pessoas morreram em decorrência
de picadas por abelha, três a mais do que o registrado por serpentes. "A
diferença do veneno da abelha é que não há nenhum tipo de soro para tratamento,
como ocorre para cobras, aranhas e escorpiões. Por isso é importante que o
paciente receba assistência o mais rápido possível", disse a bióloga da
Secretaria da Saúde, Giselia Rúbio.
O risco de acidentes com vespas também é grande,
pois diferente da abelha, ela não perde o ferrão na hora do ataque e pode
ferroar mais de uma vez.
Em caso de acidentes, a
Secretaria da Saúde recomenda que os ferrões sejam retirados imediatamente do
corpo da pessoa, pois eles injetam todo veneno em poucos minutos. Se a pessoa
for alérgica, acione imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU 192) ou procure o serviço de saúde mais próximo. Mais informações ligue
para o Centro de Controle de Envenenamentos pelo telefone 0800 41 0148.
Veja outras
recomendações:
- Em caso de um ataque maciço, procure jogar-se
na água ou correr em zig-zag por entre a vegetação, se for o caso.
- Jamais tentar mexer com enxames de abelhas e
vespas.
- Pessoas alérgicas devem evitar locais onde
existam abelhas e não usar produtos que exalem odores intensos, como perfumes e
xampus, pois podem atrair estes insetos.
- Quando a pessoa for realizar atividades no
campo, utilizar calçados fechados, calças e camisas com mangas compridas.
- Ao encontrar um enxame migratório, saia do
local imediatamente.
- Se for detectado algum enxame localizado em um
beiral, árvore ou quintal, evite provocar barulho e procure um profissional
especializado para retirar a colônia.
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