O medicamento tem como função
aumentar a produção da proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios
motores no paciente com AME. O remédio foi administrado por meio de injeção
intratecal (coluna), no Centro Cirúrgico do HU, pelo anestesista Tiago Papotti
e neurologista Gabriel Rossi. A Atrofia Muscular Espinhal é uma condição
genética implacável que prejudica a produção de uma proteína vital para a
sobrevivência dos neurônios motores, o que ocasiona uma luta diária pela
manutenção da qualidade de vida dos pacientes e, também, dos familiares deles.
Recentemente, o SUS expandiu seu programa nos testes do Programa
Nacional de Triagem Neonatal, incluindo a AME na lista de condições
detectáveis, conforme promulgação da Lei Federal nº 14.154/2021. A ação, que
foi um considerada um “divisor de águas”, permite diagnósticos ainda mais
precoces e eficazes para o rastreamento de doenças raras em recém-nascidos.
O neurologista responsável pelo Ambulatório de Doenças
Neuromusculares do AEHU, Gabriel Rossi, destacou que a doença é subdividida em
cinco tipos, de acordo com idade e gravidade. A medicação é fornecida pelo SUS
desde 2019 aos portadores de AME tipo 1, que é a forma mais comum da doença,
conforme Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas. Desde 2022, é fornecido
para a AME tipo 2, a forma de apresentação do paciente em questão.
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Imagem Divulgação UEL |
Gabriel Rossi, neurologista do AEHU.
De acordo com a diretora
superintendente do HU, Vivian Feijó, o preço de uma ampola do medicamento chega
a aproximadamente R$ 400 mil. O tratamento inicial pode totalizar cerca de R$
1,9 milhão nos dois primeiros meses, mas deve persistir, com aplicações de
quatro em quatro meses, por toda a vida do paciente.
“O HU presta atendimento em
diversas áreas de doenças raras, mas não somos um centro especializado,
portanto há que se destacar os esforços coletivos da Secretaria de Saúde do
Paraná, da 17ª Regional de Saúde, do Ministério da Saúde e do Cemepar (Centro
de Medicamentos do Paraná), além da equipe multidisciplinar do Hospital. A
equipe, com muita competência e expertise, programou toda a logística para que
o procedimento fosse realizado com muita responsabilidade e cientificismo. Este
é um investimento não apenas em saúde, mas na dignidade humana e na qualidade
de vida. É imperativo reconhecer os esforços contínuos do SUS, para garantir o
acesso equitativo à saúde 1�7, destacou a diretora
superintendente.
Redação
Tem Londrina com UEL