NOSSA TERRA

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BRASIL

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Apesar das campanhas, câncer de mama está em alta no Paraná Número de mamografias realizadas cresceu 61% no Estado, mas o de mortes subiu 24%


O Hospital Erasto Gaertner, referência no combate ao câncer, lança hoje a campanha Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama e do colo do útero. Desde a sua criação, em 2010, um número cada vez maior de mulheres tem se conscientizado. Por outro lado, ainda é grande o número de pessoas que não se cuidam, o que se evidencia pela alta no número de mortes, apesar do diagnóstico cada vez mais frequente.
Segundo dados do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), desde a criação do Outubro Rosa o número de mamografias realizadas no estado cresceu 61%, passando de 120.996 para 194.824 em 2016, considerando o grupo entre 50 e 69 anos, público-alvo da campanha. Por outro lado, o número de óbitos relacionados ao câncer de mama saltou 23,8%, passando de 736 mortes para 911 em 2015.
Para a enfermeira Débora Bilovus, da Divisão de Saúde da Mulher da Superintendência de Atenção à Saúde da Sesa, os números evidencial que ainda há um grande número de mulheres que não se conscientizou sobre a importância de procurar assistência médica e realizar os exames preventivos na periodicidade recomendada — de dois em dois anos para aquelas na faixa etária considerada de maior risco.
“Uma hipótese que temos é que nem todas as mulheres tem ainda consciência (sobre o câncer de mama). Notamos que as mulheres que estão fazendo o exame de rotina são geralmente as mesmas, que já fizeram uma vez, foram conscientizadas e seguem as recomendações”, aponta a especialista.
Ainda segundo Débora, a realização dos exames é essencial para se garantir qualidade de vida ao paciente, uma vez que se o câncer é identificado precocemente, a chance de cura chega a 95%. “Ao identificar um nódulo na mama, deve se procurar a unidade de saúde para atendimento e encaminhamento aos exames complementares.”
Mutirão de cirurgias e 'invasão' de motocicletas neste mês
Dia de beleza, oficina de amarração de lenços, panfletagem, eventos educativos, iluminação da fachada do hospital com a cor rosa e produção de materiais informativos são algumas das ações que o Hospital Erasto Gaertner realizará no Outubro Rosa, que contará também com um mutirão de cirurgias de reconstrução mamária entre os dias 23 e 27. Além destas, um dos eventos mais esperados é o Outubro Rosa Curitiba, promovido pela concessionária The One Harley Davidson e que reunirá mais de mil motociclistas de diversas partes do Brasil e de países vizinhos se reunirão na capital paranaense, de 12 a 15 de outubro, com o objetivo de arrecadar R$1 milhão para o hospital.
'Exposição que ninguém quer ver' chama a atenção para a prevenção
Para atrair ainda mais a atenção para a prevenção do câncer de mama, Curitiba recebe a "Exposição Que Ninguém Quer Ver", que acontece a partir de amanhã, às 19 horas, no vão central do Museu Oscar Niemeyer (MON). São seis paineis expostos com imagens dos exames (lâminas de carcicomas) realizadas por algumas mulheres diagnosticadas com a doença e que estarão presentes na abertura da Mostra. Flávia Fogagnoli Simas, da agência TIF Comunicação, é uma das coordenadoras do projeto e explica que esta exposição tem um tom diferente. "Nossa ideia é utilizar a curiosidade e o interesse dessas pessoas pela arte para mostrar que, na verdade, aquilo que elas quiseram ver é algo que ninguém queria ver", comenta.
Casos
UF: Nº de ocorrências (taxa por 100 mil habitantes)
Rio de Janeiro
8.020 (91,25)
Rio Grande do Sul
5.210 (90,20)
São Paulo
15.570 (69,70)
Distrito Federal
1.020 casos (67,74)
Paraná
3.760 (65,24)
Câncer de Mama - Paraná Mortes
2015 911
2014 876
2013 842
2012 829
2011 806
2010 736
TOTAL 5.000
Fonte: Bem Paraná

Pagamento do PIS/Pasep começa em 19 de outubro; medida deve beneficiar 8 milhões de pessoas

O governo anunciou a redução da idade mínima para o saque do PIS/Pasep.  Antes o trabalhador, para retirar o recurso, tinha que ter 70 anos. Agora podem realizar os saques mulheres a partir de 62 anos e  homens a partir de 65 anos.
A partir do dia 19 de outubro começam os pagamentos. De acordo com o governo, cerca de 8 milhões de pessoas serão beneficiadas.  No Palácio do Planalto, ao fazer o anúncio, o presidente Michel Temer afirmou  que a medida vai estimular o consumo no país.   O presidente ainda anunciou a queda da taxa de juros nos empréstimos consignados para servidores públicos federais, aposentados ou pensionistas.

Fonte: EBC

Caro, muito caro: Conta de luz fica mais cara em outubro

Com o início do mês de outubro, a conta de luz ficará mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mudou a bandeira tarifária das contas de luz, que passou a ser a vermelha patamar 2. A tarifa é a mais cara do modelo e representa a cobrança de taxa extra de R$ 3,50 a cada 100 Quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Em setembro, a bandeira tarifária das contas de luz foi a amarela, com taxa extra de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos. A tarifa extra mais alta a partir deste mês se deve à necessidade de operar mais usinas térmicas, cujo custo de produção da energia é mais alto que a da produzida nas hidrelétricas. A mudança foi anunciada pela Aneel na última sexta-feira, 29.
É a primeira vez que o patamar 2 é acionado, desde que a bandeira vermelha passou a contar com duas graduações, em janeiro de 2016. A decisão foi tomada devido à baixa vazão das hidrelétricas, porque as chuvas em setembro ficaram abaixo da média. Segundo o relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS), a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas alcançou níveis preocupantes.
A agência reguladora aponta que ainda não há risco de desabastecimento de energia, mas alerta para a importância de os consumidores intensificarem o uso consciente e combater o desperdício de energia elétrica.
O que fazer para economizar
Tomar banhos mais curtos, de até cinco minutos; não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar-condicionado; evitar deixar a porta da geladeira aberta sem necessidade ou colocar alimentos quentes nela; retirar os aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências e utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas e apagar a luz ao sair de um cômodo são ações que podem contribuir para evitar o desperdício e também o peso das mudanças no bolso.

Clima seco atrasa plantio de grãos de verão

No Paraná, o plantio da safra de grãos 2017/18 está atrasado devido ao clima seco, que agravou-se durante o mês de setembro e que estava completando quase 40 dias sem chuvas regulares. A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento está avaliando com muita cautela a estimativa de safra, que aponta para um volume de 23,2 milhões de toneladas para os grãos de verão, 8% inferior ao colhido na safra anterior.
O Deral (Departamento de Economia Rural), que acompanha mensalmente o desempenho da safra no Estado, acredita que haverá replantio de algumas lavouras a partir da primeira chuva que está sendo aguardada com muita expectativa para este final de semana.
Diante desse quadro climático, o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, alerta que quem cuida do solo, adota o plantio direto da forma correta, consegue maior proteção quando o clima enfrenta problemas como a adversidade atual.
Para o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, as notícias de regularização do clima traz uma nova dinâmica para esta safra que só poderá ser calculada com mais efetividade após esse evento climático. “Existem vários fatores que podem repercutir em função desse clima seco dos últimos 40 dias, entre eles o mais sério é a concentração do plantio”, disse.
Com isso, segundo ele, haverá uma concentração dos demais estágios de desenvolvimento das principais culturas como floração, frutificação, maturação e colheita, que poderá ser prejudicial se houver novos eventos climáticos daqui para frente, porque afeta as lavouras nas mesmas condições em várias regiões do Estado. “Há que se lembrar ainda que o atraso no plantio da safra de verão terá repercussões no plantio do milho segunda safra, pois foram perdidos praticamente 18 dias desde o dia 11 de setembro, que em condições normais poderia ter iniciado o plantio de soja”, acrescentou Simioni.
SOJA – O plantio de soja, cuja previsão é ocupar uma área de quase 5,5 milhões de hectares, 3% a mais que na temporada anterior, está atrasado. O plantio oficial iniciou em 11 de setembro e até agora foi plantada apenas 2% da área prevista, quando no mesmo período do ano passado 14% da área já estava semeada.
A perspectiva é que a chuva propicie a retomada e a aceleração do plantio, para aproveitar o período recomendado. Segundo o economista do Deral, Marcelo Garrido, o plantio concentra-se mesmo em outubro. Ocorre que muitos produtores aproveitam a janela de oportunidade com o início do plantio em setembro para colher antes e plantar a safrinha de milho no início de 2018.
A estimativa de produção para a soja está sendo calculada com um intervalo entre 18,4 e 20,6 milhões de toneladas. Porém essa previsão está sujeita ao clima. A média prevista, de 19,5 milhões de toneladas representa um volume 2% inferior à safra anterior que teve as melhores condições de clima dos últimos anos, diz Garrido.
A comercialização antecipada da soja também está inferior em relação ao ano passado. Este ano, cerca de 8% da soja já foi vendida e no ano passado, no mesmo período, 12% da soja já estava vendida antecipadamente. Segundo Garrido, o produtor não está contente com o preço atual, em torno de R$ 59,00 a saca, enquanto no ano passado vendeu por R$ 66,00 a saca, em média. “O produtor de soja está capitalizado e por isso está esperando um cenário melhor para comercializar”, disse.
MILHO – O plantio da primeira safra é o mais atrasado. Este ano, apenas 16% da área prevista foi plantado quando, no ano passado, cerca de 50% da área já estava plantada. O plantio de milho começou em agosto e as condições são similares às da soja, com a mesma preocupação com o clima já que o grão é mais sensível à falta de chuvas, disse Garrido.
“Mas se a chuva voltar com regularidade, a lavoura ainda se recupera”, ressaltou. Segundo o Deral, só permaneceu plantando o milho da primeira safra o produtor especialista, altamente tecnificado, que sabe conduzir a lavoura e colhe com produtividade média acima de 9 mil quilos por hectare.
Após as chuvas previstas para o mês de outubro os técnicos do Deral voltam ao campo para fazer a avaliação do que é possível recuperar e do que será necessário para fazer o replantio.
A produção de milho da primeira safra cai bastante em decorrência do recuo de 33% na intenção de plantio. Este ano, o milho deve ocupar uma área de 343.490 hectares, enquanto no mesmo período do ano passado ocupou área de 513.627 hectares. Com isso a produção esperada será 37% inferior, devendo cair de 4,9 milhões de toneladas, na temporada 16/17, para 3,1 milhões na safra 2017/18.
Apesar do clima seco, a perspectiva para essa lavoura ainda é boa poque a produtividade é alta e compensa a redução no preço do grão. “O produtor da primeira safra, como é especialista, ganha na escala porque planta com custos muito próximos dos preços recebidos hoje”, explicou Garrido.
O preço do milho, de R$ 19,50 a saca, está 38% inferior ao praticado no ano passado quando a saca de milho era vendida por R$ 31,50 em média. Com isso, a comercialização está muito lenta, sendo que até agora apenas 1% da safra foi vendida quando no ano passado, na mesma época, 40% da safra prevista já estava vendida. Segundo Garrido, só com produtividade alta o agricultor consegue se manter com o atual preço de comercialização da safra.
FEIJÃO – Como nas demais culturas, o plantio de feijão também está atrasado por causa da falta de chuvas. Até agora, cerca de 20% da área prevista para o feijão da primeira safra foi plantado quando, no ano passado, 41% da área já estava ocupada.
A área plantada com feijão da primeira safra deve ter uma ligeira ampliação, de 2%, passando de 194.108 hectares para 198.244 hectares. A previsão de produção também sobe um pouco. Em torno de 4%, passando de 368.207 toneladas colhidas no ano passado para 383.204 toneladas este ano.
O engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, explica que o plantio de feijão no Paraná vai de agosto a novembro, com concentração entre os meses de setembro e outubro. Os núcleos de Ponta Grossa, Curitiba, Guarapuava e Irati concentram 70% da produção de feijão da primeira safra.
Salvador confirma que quem plantou o feijão no sistema do plantio direto está conseguindo escapar do quadro climático de estiagem que está retardando a germinação das sementes. É o caso dos produtores da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, onde 40% da área é plantada com plantio direto.
Ele acredita que após as chuvas haverá reavaliação e muitos produtores vão se manter no plantio de feijão ou vão plantar a soja. “Por isso a saída é a conservação dos solos porque essa é a ferramenta que o produtor tem no campo para enfrentar a adversidade do clima”, acrescentou.
O preço do feijão também recuou em relação ao ano passado, que foi um ano atípico em valorização do produto. Mas as cotações médias ainda estão acima do custo de produção, calculado em R$ 65,35 a saca. O feijão de cor está sendo comercializado hoje, em média, por R$ 96,29 a saca, quando no ano passado era vendido por R$ 339,00. O feijão preto está sendo vendido por R$ 111,74 a saca, quando no ano passado era vendido por R$ 205,00.
MANDIOCA – Como nos grãos, o plantio de mandioca também está atrasado em decorrência da falta de chuvas. Segundo o Deral, este ano cerca de 68% da área prevista foi plantado quando no ano passado 88% da área prevista havia sido plantada.
Segundo o economista do Deral, Methódio Groxko, a situação se agrava na região Noroeste do Estado, onde se concentra o plantio de mandioca e a falta de chuvas é acentuada. “A terra está endurecida, não permite a colheita da mandioca plantada no ano passado e isso impede novos plantios, o que traz prejuízos porque a oferta de raiz é pequena”, explicou.
Groxko diz que esse quadro está paralisando as atividades das fecularias da região Noroeste, que está com dificuldades para obter matéria-prima e está indo buscá-la em outros Estados.
Essa situação está refletindo nas cotações da mandioca, que já subiram de preço, em torno de 26%. Hoje a tonelada está sendo vendida, em média, por R$ 523,00 enquanto no passado, no mesmo período, era vendida por R$ 415,00 a tonelada.
A previsão de produção de mandioca é estável, em torno de 3,1 milhões de toneladas.
FUMO – O plantio de fumo também está atrasado, com 30% da área prevista ocupada, quando no ano passado 44% da área estava plantada. O Deral prevê aumento de 6% na área plantada, devendo passar de 75.038 hectares no ano passado para 79.526 hectares que serão plantados este ano. A previsão de produção é de 189.412 toneladas.
Segundo Groxko, o fumo é outra lavoura que se recupera com a chegada das chuvas
TRIGO – Se o clima atrasou o plantio da safra de grãos, está sendo benéfico para as lavouras de trigo da safra 2017. Este ano, 65% das lavouras estão colhidas, quando no ano passado 39% das lavouras já haviam sido retiradas do campo. Espera-se o final da colheita para o mês de outubro.
Apesar disso, a lavoura apresenta uma quebra de safra de 24% em decorrência de vários fatores climáticos no transcorrer do ciclo de desenvolvimento, como seca em julho que atingiu o estágio de floração da cultura. Após esse período houve uma sequência de geadas, mas que não foram tão prejudiciais quanto a seca, observou o economista Marcelo Garrido.
Após a redução na área plantada de 13%, a produção esperada pelo Deral era de 3,1 milhões de toneladas. Após os eventos climáticos, agora espera-se uma safra de 2,3 milhões de toneladas, uma perda de 700 mil toneladas de trigo.
Com a aceleração da colheita, a comercialização também ganhou fôlego. Atualmente 23% da safra está vendida, contra 14% na mesma época do ano passado, apesar do preço menor. O preço caiu 16%, passando de R$ 39,00 a saca no ano passado para R$ 32,00 a saca, em média, este ano.
Segundo Garrido, a palhada nas áreas de plantio direto ameniza os efeitos do clima seco, quando comparadas com as áreas aonde a prática não é conduzida de forma eficiente. “Se for confirmada a chuva que está sendo prevista pelos principais institutos de meteorologia do País para esse início de primavera, a expectativa é de bons resultados para as lavouras de primavera verão”, disse. 

Fonte: AEN