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Relatos foram feitos por moradores de diferentes regiões de Londrina e chegaram a ser registrados em plataforma de monitoramento de tremores da USP, na segunda (20). UEL investiga fenômeno. |
Moradores de Londrina, no norte do Paraná, relataram terem ouvido estrondos "extremamente altos" na tarde de segunda-feira (20) e chegaram a compartilhar o acontecido em uma plataforma de serviço de monitoramento de tremores da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com uma moradora, os barulhos puderam ser ouvidos durante a tarde e se pareciam com trovões, mas o céu estava limpo.
Apesar dos relatos e registros também em plataformas para sismologia, o especialista José Paulo Peccinini Pinese, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), descartou a possibilidade de um evento no solo. Segundo ele, a situação não foi registrada pelas máquinas instaladas na estação sismográfica da instituição.
"No horário dos estrondos não há nenhum registro nas nossas máquinas, nos sismógrafos. Esses registros parecem estar ligados à parte atmosférica, não a parte do solo ou subsolo. Aparentemente, estamos ainda investigando [...] Não podemos ter essa caracterização da fonte", explicou.
Procurada, a Sismologia USP informou que os aparelhos da unidade estavam desligados na segunda e que, por isso, não tem dados do momento.
Sem o registro nas máquinas da UEL, que têm capacidade de identificação de 500 eventos por segundo, o trabalho será feito de forma manual na instituição com a ajuda de relatos dos moradores sobre o horário.
"O ato não traz para nós casas trincadas naquele momento. Mas sim de um barulho extremo sem a trinca física. Estamos investigando e isso é individualmente em cada máquina, num período do horário [...] então nesse período de uma hora está sendo avaliada cada frequência das ondas ali proporcionadas porque elas não estão ali [nas máquinas] cadastradas", disse.
Pinese explicou, ainda, que frequência de onda é como uma digital humana, única. Desta forma, ela pode identificar a origem do fenômeno a partir do padrão apresentado.
No momento dos estrondos, segundo a Defesa Civil, não houve registro de deslizamentos de terra ou casas destruídas.
O pesquisador também ressaltou que o serviço recebeu relatos de um morador de Marília, no centro-oeste de São Paulo (SP), afirmando ter ouvido um estrondo aéreo cerca de 15 minutos antes do horário apontado por moradores de Londrina.
Com informações do G1.
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