NOSSA TERRA

NOSSA TERRA
BRASIL

sábado, 7 de setembro de 2019

Procuradores da Lava Jato fazem protesto contra ação protetora de Raquel Dodge


 

Raquel pediu o arquivamento de provas que traziam implicações a Rodrigo Maia (DEM-RJ), e um dos irmãos do ministro Dias Toffoli. Procuradores fizeram a entrega coletiva de cargos.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sofreu hoje a maior baixa na sua gestão na Procuradoria-Geral da República (PGR) com a entrega coletiva de cargos entre os procuradores que investigam os casos da Operação Lava Jato. Até o braço-direito de Dodge na área criminal, Raquel Branquinho, deixou o posto. A alegação foi de "incompatibilidade" com entendimento de Raquel Dodge. Segundo a reportagem apurou, o desentendimento da equipe está relacionado com a delação premiada do executivo Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O mandato de Dodge, alvo de crescente insatisfação interna dentro do Ministério Público Federal, se encerra no dia 17 deste mês.
O desligamento também foi pedido pelos procuradores Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira.
Ao encaminhar o acordo de colaboração premiada para homologação do STF (Supremo Tribunal Federal), Raquel pediu o arquivamento de parte da delação que trazia implicações ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e um dos irmãos do presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, informaram à reportagem sob a condição de anonimato fontes que acompanham a investigação.
Toffoli e Maia articularam nos bastidores uma possível recondução de Raquel Dodge ao cargo, mas o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que optará por um homem para chefiar o órgão. Raquel Dodge é criticada pelo círculo interno do presidente por não ter, na avaliação deles, priorizado o combate à corrupção na sua gestão, nem destravado acordos de colaboração premiada, além de ter denunciado o próprio presidente e o seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - respectivamente por racismo e suposta ameaça a uma jornalista. "Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje", disseram em nota seis integrantes do Ministério Público Federal que atuavam nos processos criminais. O grupo de integrantes do MPF disse em mensagem disparada aos colegas que "foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos". E afirma que o "compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade", em crítica à procuradora-geral.

Noticias UOL

Nenhum comentário:

Postar um comentário