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segunda-feira, 1 de abril de 2019

PM suspende projeto “Escola Segura”

Onze dias depois de lançado pelo governador Ratinho Jr., o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, suspendeu na sexta-feira (29) todos os procedimentos para selecionar policiais aposentados dispostos a se inscrever como voluntários no Programa Escola Segura – aquele que previa a participação deles na guarda e vigilância de escolas públicas no Paraná.
Diante do desinteresse demonstrado pelos PMs, o comandante-geral mandou publicar na intranet da corporação uma resolução em que reconhece “a necessidade de serem promovidas adequações legais regulamentares no corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários” previsto no projeto Escola Segura.
Houve apenas uma inscrição de voluntário em Foz do Iguaçu e duas em Londrina – as duas cidades em que a secretaria de Segurança Pública tinha a intenção de desenvolver uma experiência-piloto. A meta programada era de implantar o projeto em 100 escolas dos dois municípios, considerados prioritários – o primeiro por situar-se na violenta fronteira com o Paraguai, o segundo por ser o maior do interior do estado e com maior número de matriculados na rede pública.
O desinteresse dos policiais inativos em se inscrever no programa foi causado, principalmente, pela baixa remuneração oferecida pelo governo (pagamento de diárias no valor de R$ 113,00). O valor foi considerado insuficiente para atrair voluntários. A reivindicação é para que os pagamentos não sejam inferiores a R$ 3 mil mensais líquidos para cabos e soldados, e de até R$ 3.800,00 para segundo-sargento, categoria que não estava contemplada na proposta original.
O “Escola Segura” foi lançado no Palácio Iguaçu no último dia 18 em meio à comoção causada pelo ataque à escola “Raul Brasil”, em Suzano (SP), por dois ex-alunos, e que resultou na morte de dez adolescentes que estudavam no estabelecimento.

(*) – Às 16 horas desta sexta-feira (29), o comando da Polícia Militar informou que, por determinação do governador Ratinho Jr., o valor das diárias sofrerá revisão.


Conteúdo Celso Nascimento (Contraponto)

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